23 Out 2019 | HRS

Vigilância Sanitária de Suzano convoca 150 comércios para orientações sobre canudos


Cerca de 150 representantes de comércios foram convocados pela Vigilância Sanitária de Suzano para reuniões de conscientização sobre o fim do uso dos canudos plásticos nos estabelecimentos. A Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Suzano, que participa da parceria com a Vigilância, no entanto, estima que cerca de 400 comércios serão orientados.
Nas reuniões, a Vigilância Sanitária apresenta os perigos que o material plástico pode causar ao meio ambiente e alerta os comerciantes sobre as fiscalizações e multas que estarão sujeitos a partir de janeiro de 2020, com a Lei Estadual nº 17.110, que vigora desde julho desse ano. Banners estão sendo distribuídos, para que os estabelecimentos comecem a se adaptar a nova realidade.
Os comerciantes serão proibidos de distribuir os canudos junto com bebidas, sorvetes, entre outros. No entanto, a fiscal sanitária farmacêutica, Flávia Marchetti, esclarece que chocolates e sucos de caixinha que já vêm com canudos não serão proibidos. "A fabricação de canudos não foi proibida. Proibida foi a distribuição nos comércios. Quem quiser ir ao mercado comprar para ter em casa pode, mas os estabelecimentos não podem distribuir aos consumidores", conta.
O gerente comercial da ACE, Alvani Corrêa, diz que o papel da associação é realizar a divulgação da nova regra em mídias sociais, associados e comerciantes no geral. "Temos que deixar o comerciante ciente daquilo que ele tem que fazer. Tem consumidor que acha que o estabelecimento não quer dar o canudo, mas a lei não permite", afirma.
Alternativas
Durante as reuniões, a Vigilância Sanitária sugere algumas alternativas para os comerciantes, como canudos feitos de papel, arroz, trigo, massa, além de outros modelos com sabores variados. Marchetti, fiscal sanitária farmacêutica, acredita que a mudança fará com que os canudos de papel se popularizem, por conta do custo-benefício e pela "rápida deterioração". "Os outros, até pela cultura, não serão muito utilizados. O de papel deve vir mais forte nesse momento", afirmou.
Reutilizáveis
A Vigilância não recomenda o uso dos canudos individuais reutilizáveis de metal ou vidro, que estão sendo cogitados para quem deseja levar o próprio canudo aos estabelecimentos. Segundo Mauro Vaz, diretor da Vigilância Sanitária, a escolha traz prejuízo aos estabelecimentos.
"Os comércios teriam que ter uma autoclave (máquina para esterilização). É um recurso muito caro", afirma. Mônica da Silva Conceição, 39, é proprietária de uma sorveteria. Ela é favorável a retirada dos canudos e disse que já está se adaptando.
Fonte: Diário de Suzano
Imagens: Sabrina Silva /DS

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